Será este o rumo da educação deste século?
O Resgate Educacional
Espaço para discussão dos desafios e caminhos para o resgate da educação brasileira
domingo, 16 de janeiro de 2011
Uso das tecnologias de comunicação na Escola
Hoje temos a necessidade de aplicar o poder da tecnologia para amplificar a experiência de ensino, além de dar aulas de Word, os professores devem estimular a redação criativa dos alunos. As coisas estão bem diferentes do que eram no final dos anos 80, quando as aulas de informática começaram a ser introduzidas nas escolas. (...) A idéia, no começo do boom da informática no Brasil, era ensinar os alunos a usar o computador e suas ferramentas básicas.
A internet também pode ser uma poderosa aliada no processo de aprendizado. Além de permitir o acesso instantâneo a uma infinidade de informações, a rede mundial também propicia a integração de alunos e professores de várias escolas do mundo.
Elementos, espaços virtuais e conceitos que tinham como base a colaboração e a autoria dos usuários ganharam espaço e ajudaram a fomentar o terreno onde, agora, todos os dias brotam diversas iniciativas voltadas para o compartilhamento de informações e ações. Na área da educação, os objetos de aprendizagem digitais (OAs) e seus repositórios sentiram intensamente essas mudanças e estão tendo de se adaptar.
Elementos, espaços virtuais e conceitos que tinham como base a colaboração e a autoria dos usuários ganharam espaço e ajudaram a fomentar o terreno onde, agora, todos os dias brotam diversas iniciativas voltadas para o compartilhamento de informações e ações. Na área da educação, os objetos de aprendizagem digitais (OAs) e seus repositórios sentiram intensamente essas mudanças e estão tendo de se adaptar.
Os professores, em vez de reprimir, devem conduzir o processo, ensinando os alunos a operar softwares de áudio e garantindo a cooperação entre eles. .
A necessidade do uso do computador como ferramenta de apoio ao aprendizado, deve sempre estar em sincronia com o projeto pedagógico da escola.
Ficam, então, algumas perspectivas interessantes para se refletir quanto ao uso de tecnologias na educação:
1) A introdução das novas tecnologias no âmbito da educação não descartará a figura do professor;
2) A introdução das novas tecnologias implicará na necessidade de uma nova postura por parte do educador e na apropriação de novas habilidades por parte deste;
3) Entre as novas habilidades exigidas pela inserção destas tecnologias emergentes na educação, destaca-se a capacidade de lidar com os equipamentos e os programas a nível prático-reflexivo, ou seja, a nível do saber-fazer e do saber-saber;
4) Há uma prática social contraditória que envolve as promessas de um projeto cultural de emancipação e cidadania, e esta contradição reflete-se nas possibilidades de se fazer uma educação coerente com a finalidade de produzir-se uma sociedade mais humana, mais democrática e mais solidária;
5) A introdução destas tecnologias na educação, tanto como objeto de estudo quanto como ferramenta pedagógica, deve cumprir uma função primordial de socialização da cultura e de contribuição que ajude a superar as desigualdades sociais e os entraves a uma cidadania plena.
O Papel do Professor na Educação
O papel e a atuação do professor já não é há muito tempo a mesma do passado. Antes ele detinha “todo” conhecimento e depositava nos seus alunos aquilo que havia estudado. Porém, esse estudo era normalmente lido e repassado para eles sem reflexão ou visão crítica dos conteúdos.
Neste sentido, podemos e devemos ensinar nossos alunos a pensar, a questionar e a aprender a ler a nossa realidade, ou seja, diante de tantos meios, eles têm acomodação em realizar esses mecanismos para a aprendizagem, assim, impede-os de construir opiniões próprias.
Para que isto ocorra o professor deve, em primeiro lugar, gostar e acreditar naquilo que faz, ou seja, através de seus atos, amor e ações ele servirá de modelo para seus alunos; se ele ensina a refletir ele deve também refletir, se ele ensina a respeitar o próximo ele deve respeitar seus alunos e assim por diante. Deste modo ele está sendo uma prova viva daquilo que está ensinando, ou seja, através da coerência entre teoria e prática , pois existem seres humanos que estão sendo moldados por ele.
O aluno é como se fosse um campo fértil, onde o educador semeia suas melhores sementes para que se produzam “belos frutos”. A relação professor/aluno deve ser cultivada cotidianamente, pois um depende do outro e assim os dois crescem e caminham juntos. E é nessa relação madura que o professor deve ensinar que a aprendizagem não ocorre somente em sala de aula, mas o aluno deve procurar os leques de conhecimento. Somente assim, o aluno irá desenvolver um espírito pesquisador e interessado pelas coisas que existem; ele desenvolverá uma necessidade por aprender, tornando-se um ser questionador e crítico da realidade que o circunda. Como diz o filósofo: “O verdadeiro objetivo da Educação não é meramente prover informação, mas o estímulo de uma consciência interna” (Al- Ghazali).
Enfim, vivemos um momento de profundas transformações. Onde o profissional não mais neutro, mas pode ascender à sociedade usando a educação como instrumento de luta, levando a humanidade a uma consciência crítica que supere o senso comum, todavia não o desconsiderando.
A contribuição da família na aprendizagem e sucesso escolar
Tradicionalmente a família tem estado por trás do sucesso escolar e tem sido culpada pelo fracasso escolar. O normal, ou pelo menos, o que se espera, são pais que acompanham assiduamente o aprendizado e o rendimento escolar do filho, que organizam seus horários de estudo, verificam o dever de casa diariamente, conhecem a professora e freqüentam as reuniões escolares.
Sabe-se que o sucesso escolar tem dependido, em grande parte, do apoio direto e sistemático da família que investe nos filhos, sanando tanto as dificuldades individuais quanto as deficiências escolares. Trata-se, na maioria dos casos, de família dotada de recursos econômicos e culturais, dentre os quais destacam-se o tempo livre e o nível de escolarização dos pais. A família que está por trás do sucesso escolar, salvo exceções, ou conta com uma mãe em tempo integral ou uma supermãe, no caso daquelas que trabalham muitas horas exercendo o papel de professora dos filhos em casa, ou contratando professoras particulares para as chamadas aulas de reforço escolar e até mesmo psicólogas e psicopedagogas, nos casos mais difíceis.
As escolas têm contado com a contribuição acadêmica da família de duas maneiras: (1) construindo o currículo, implicitamente com base no capital cultural similar herdado pelos alunos, isto é, com base no habitus ou sistema de disposições cognitivas adquiridas na socialização primária ou educação doméstica, o que supõe afinidade cultural entre escola e família; e (2) enviando o dever de casa de modo a capitalizar explicitamente o investimento dos pais, o que requer certas condições materiais e simbólicas, isto é, tempo livre, recursos econômicos (para equipar o lar com livros, computadores, contratar professores particulares) e adesão ao papel parental de professor-coadjuvante, tradicionalmente assumido pela mãe.
Entretanto, por ser considerado natural, expressão do amor e do dever dos pais, o apoio da família ao sucesso escolar ainda permanece mais implícito do que explícito na pesquisa e política educacional, bem como na prática escolar. Igualmente implícitas permanecem as relações de classe e, sobretudo, de gênero, que compõem os modelos de família que conduzem ao sucesso ou ao fracasso escolar.
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